Sofia cobra responsabilidade dos parlamentares ao votarem projetos pelas privatizações

Crédito Vanessa Vargas

A deputada estadual Sofia Cavedon (PT) ocupou um espaço de liderança na sessão plenária desta terça-feira (25) para tratar do papel que o Legislativo deverá exercer a partir da próxima semana, quando os três projetos do Executivo, que solicitam ao parlamento a autorização para privatização das empresas públicas (CEEE, CRM e Sulgás) serão votados. As propostas trancam a pauta a partir do dia 28.

Sofia observou que as bancadas do PT, PSol e PDT apresentaram emendas determinando que o governo detalhe em projeto cada uma das operações, trazendo os números e o diagnóstico, um levantamento do patrimônio, passivo, superávit de cada uma das empresas. Contudo, advertiu a deputada, o governador Leite resumiu em pedir autorização para partir, alienar e vender o patrimônio.

Para a parlamentar, a atitude do governador Eduardo Leite é contraditória, pois na abertura do ano legislativo ocupou a tribuna da casa legislativa para dizer que a Assembleia é o lugar para decidir coisas importantes como o destino das três empresas, pois esse seria o foro qualificado que deveria decidir o futuro das empresas públicas. “O governador disse que era um tema muito complexo para o povo decidir em plebiscito, sustentou que os deputados e deputadas eleitos pelo povo gaúcho eram sim o foro qualificado que deveria decidir. Mas agora o que faz o governo é retirar desta casa com seu projeto de lei a possibilidade de opinar sobre o destino das estatais”.

Ela falou ainda na submissão do parlamento, que está aceitando calado a essa imposição feita pelo governador e sua equipe. “Leite fez uma metamorfose: Na campanha eleitoral disse que o povo seria consultado ainda no primeiro semestre. Depois de eleito, dizia que não dava para fazer o plebiscito porque o povo gaúcho não compreenderia um projeto muito complexo e que todo poder estava no parlamento. Pois agora o governador pede todo o poder para si e eu gostaria de saber se esse parlamento dará essa autorização, se também abrirá mão como tirou o direito do povo gaúcho opinar sobre as empresas”, indaga.

Texto: Claiton Stumpf (MTB 9747)