sábado, 23 novembro
Foto Paulo Garcia

A Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da AL promoveu nesta sexta-feira, 29/04, audiência pública contra o Feminicídio e a violência doméstica. Em sua 21ª edição, o encontro ocorreu no município de Veranópolis e Região. Proposta pelo deputado Airton Lima (PODEMOS), a audiência contou com a participação da deputada Sofia Cavedon (PT), vice-presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos e também presidente da Procuradoria da Mulher, por meio digital. A deputada explicou que não pode estar presente de forma presencial porque estava acompanhando outra agenda junto ao Tribunal de Justiça para tratar do risco de despejo que ameaça diversas famílias. “Quero dar meu boa noite, deputado Airton, pela deferência de poder dar uma saudação muito rápida, pedir escusas aos homens e mulheres da região de Veranópolis porque saí agora de uma audiência no Tribunal de Justiça sobre despejos, não dava para não estar, pois estamos na iminência de muitas famílias perderem seu direito à moradia”, explicou.

A deputada Sofia, que também é presidente da Procuradoria Especial da Mulher na Assembleia Legislativa, observou a importância da realização dessas audiências em todo o Estado. Em sua saudação, Sofia destacou a importância do trabalho conjunto que vem sendo realizado tanto pelas audiências públicas como pelo trabalho na Procuradoria para estimular a organização de uma rede de proteção pelo Estado. “Esse tema da mulher, agora que assumi a Procuradora Especial da Mulher, é um tema que vem nos unindo, deputado Airton, para estimular uma rede de proteção”. Sofia destacou a visita que fez ao Centro de Referência da Mulher no RS na quinta-feira (28), lamentando condições inadequadas do local para o atendimento presencial: “Ontem estivemos no Centro de Referência da Mulher no RS, lamentavelmente num espaço exíguo, num porão do Centro Administrativo do Estado (CAF), sem poder atender presencialmente e construímos com a secretária que nós vamos retomar essa rede de atendimento”.

Nesse diálogo em torno do enfrentamento à violência contra as mulheres, ressaltou ser fundamental recuperar e ampliar os espaços para o atendimento às vítimas. “Não basta a gente saber que existe lei se não existirem as políticas públicas de retaguarda para as mulheres poderem sair do circuito de insegurança”, destacou.

Sofia lembrou que a educação é outra área fundamental nesse esforço de transformar a cultura machista e sexista dentro das escolas e destacou o empenho em organizar cursos de formação docente para refletir e transformar essas práticas. “Estamos num trabalho de alteração da cultura machista, da cultura sexista na construção dos nossos meninos e meninas. E logo estaremos anunciando um curso de formação para professoras e professores para transformar o currículo e interagir com a escola”. Ao despedir-se, ressaltou que as questões que forem levantadas nessas audiências públicas serão levadas em consideração na atuação parlamentar.

 

Texto: Denise Mantovani  – MTB 7548

 

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