Recursos anunciados pelo Governo Lula devem garantir reajustes da Educação, defende Bancada do PT

Recursos anunciados pelo Governo Lula devem garantir reajustes da Educação, defende Bancada do PT
Foto Mauro Mello

O líder da bancada do PT na ALERGS, deputado Luiz Fernando Mainardi, utilizou do tempo de liderança durante a sessão plenária desta terça-feira (14) para lembrar o governo de Eduardo Leite de que os recursos do Governo Federal estão chegando ao Estado do RS. “Nós tivemos uma notícia essa semana, que essa casa deve estar também comemorando. O governo Lula fechou um acordo com os governadores, por meio do Ministro Fernando Haddad, em relação ao ICMS. O RS esperava ser ressarcido em R$ 2 bilhões e a notícia boa é que o ressarcimento é de R$ 3 bilhões. Temos que fazer esse registro e espero que em algum momento Leite reconheça e agradeça o governo federal”, afirmou.

Mainardi lembra que o Rio Grande do Sul tem recebido muitos recursos desde que Lula assumiu o Governo Federal, que vão desde a saúde, educação, infraestrutura e enfrentamento a estiagem. “O repasse para os hospitais filantrópicos e Santas Casas foi de R$ 209 bilhões. Para a estiagem uma parte já chegou outra parte está a caminho e são de R$ 430 milhões. Eu aqui faço referência as rodovias, BR 116 e BR 290, que irão receber um total de R$ 582 milhões”, comemorou. Para o líder petista essa comemoração se deve ao fato de a Assembleia Legislativa não ter aprovada matéria do executivo que destinaria R$ 500 milhões ao DNIT para a realização das obras das BRs 290 e 116. “O agradecimento que eu acho que Leite deve fazer em algum momento ao Presidente Lula, eu espero que ele também faça para a nossa bancada e parlamentares de outros partidos que no ano passado não aprovaram a destinação destes 500 milhões de reais para o DNIT fazer as obras da 290 e 116”.

Seguindo a mesma linha, o deputado Pepe Vargas afirmou que o discurso do governador Eduardo Leite em favor do Regime de Recuperação Fiscal foi desmascarado diante do ressarcimento de R$ 3,02 bilhões para o RS feito pelo governo federal como compensação pelas perdas de arrecadação provocadas pelo decreto do governo Bolsonaro de redução do ICMS. “O governo Eduardo Leite subordinou-se a todas as imposições que o governo Jair Bolsonaro e o ministro Paulo Guedes impuseram ao RS”, disse Pepe. “O governo do Estado aderiu a proposta da Lei Kandir abrindo mão de créditos que o RS teria direito, acertando valores menores do que teríamos direito”, criticou.

Pepe lembrou o discurso de Eduardo Leite durante a campanha eleitoral dizia que ingressar no Regime de Recuperação Fiscal significava a redenção das contas públicas e que permitiria acessar novas linhas de crédito. “Ele esqueceu propositadamente de dizer que essas linhas eram para recuperação fiscal e não para infraestrutura social e logística. Não tem dinheiro para fazer rodovias, não tem dinheiro para recuperação de escolas”, cobrou Pepe. “O governador Leite aderiu ao Regime de Recuperação Fiscal e na prática não tem dinheiro novo, não tem financiamento. A dívida pública aumentou e agora ele diz que tem que rever o contrato!? O tempo todo dissemos que era um equívoco assinar o Regime de Recuperação Fiscal”, cobrou o deputado Pepe Vargas.

Reajuste Magistério

Ao findar sua fala, Mainardi ressaltou que em oito anos dos governos Sartori e Leite a inflação do período foi de 61%. “O que o Magistério ganhou ao longo deste tempo? O magistério teve de reajuste médio, naquilo que se chama de média líquida porque eles tiveram desconto de INSS ou, melhor, da previdência aqui do Estado, foi de 22,5%. Ou seja, o aumento no bolso do magistério foi de 22,5%. E as aposentadas sabe de quanto foi o aumento? 9,2%. Então Governador pega esses R$ 3 bilhões que vai receber e aqueles R$ 500 milhões que deixou de gastar com o DNIT e pague dignamente os nossos professores”, finalizou.

O deputado Leonel Radde também utilizou a tribuna para tratar do tema. “O governador Leite não poderá mais utilizar como argumento a perda de arrecadação do ICMS. Ele precisa sentar com os professores, funcionários de escolas, policiais e com o quadro geral e apresentar propostas concretas. Não é possível que nós tenhamos superávit em 2022 e que o Governo Federal resolva a questão da perda da arrecadação e o governador Eduardo Leite siga dando desculpas esfarrapadas para não fazer as devidas reposições”.

Texto: Denise Mantovani (MTB 7548) e Raquel Wunsch (MTE 12867)